Poluição: substâncias
no lugar errado
A poluição é
geralmente conseqüência da atividade humana. É causada pela introdução
de substâncias (ou de condições) que normalmente não estão no
ambiente, ou que nele existem em pequenas quantidades.
Poluente é o
detrito introduzido num ecossistema não adaptado a ele, ou que não
suporta as quantidades que são nele introduzidas.
Dois exemplos de
poluentes: o gás carbônico (CO2) e as fezes humanas. O CO2 das fogueiras
do homem primitivo não era poluente, já que era facilmente reciclado
pelas plantas.
O mesmo gás, hoje
produzido em quantidades muito maiores, é poluente e contribui para o
agravamento do conhecido “efeito-estufa”.
Fezes humanas jogadas em
pequena quantidade numa lagoa podem não ser poluentes, por serem
facilmente decompostas pelos microrganismos da água.
Em quantidades
maiores, excedem a capacidade de reciclagem da lagoa e causam a morte da
maioria dos organismos; neste caso, são poluentes.
O
buraco na camada de ozônio
Os
raios ultravioleta, presentes na luz solar, causam mutações nos
seres vivos, modificando suas moléculas de DNA. No homem, o excesso de
ultravioleta pode causar câncer de pele.
A camada do gás ozônio (O3),
existente na estratosfera, é um eficiente filtro de ultravioleta.
O ozônio
forma-se pela exposição de moléculas de oxigênio (O2) à radiação
solar ou às descargas elétricas.
Detectou-se nos últimos
anos, durante o inverno, um grande “buraco” na camada de ozônio, logo
acima do Pólo Sul; este buraco tem aumentado a cada ano, chegando à
extensão da América do Norte.
Foi verificado que a camada de ozônio está
também diminuindo de espessura acima do Pólo Norte.
Acredita-se que os
maiores responsáveis por esta destruição sejam gases chamados CFC (clorofluorcarbonos).
Essas substâncias são
usadas como gases de refrigeração, em aerossóis (sprays) e como matérias-primas
para a produção de isopor.
Os CFC se decompõem nas altas camadas da
atmosfera e acabam por destruir as moléculas de ozônio, prejudicando
assim a filtração da radiação ultravioleta.
A
cidade sufocada
O fenômeno
conhecido como inversão térmica, bastante freqüente em cidades
como São Paulo, traz sérios problemas de saúde à população.
Ele é
assim explicado: normalmente, as camadas inferiores de ar sobre uma
cidade são mais quentes do que as superiores e tendem a subir,
carregando as poeiras em suspensão.
Os ventos carregam
os poluentes para longe da cidade grande.
No entanto, em certas épocas
do ano, há fatores que favorecem o fato de as camadas inferiores
ficarem mais frias que as superiores.
O ar frio, mais
denso, não sobe; por isso não há circulação vertical, e a concentração
de poluentes aumenta.
Se houver além disso falta de ventos, um denso
“manto” de poluentes se mantém sobre a cidade por vários dias.
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